sábado, 23 de julho de 2011

Comerciante de Umarizal afirma que assalto não foi praticado por irmãos

Fonte: Sayonara Amorim/Portal Gazeta do Oeste

Os familiares de Alisson Maxuel Torquato Cosme, 28, e Antônio Márcio Torquato Cosme, 27, mantiveram contato com os proprietários do comércio que foi assaltado em Umarizal. Eles fizeram uma revelação importante sobre a morte dos irmãos. Segundo os comerciantes, o assalto não foi praticado pela dupla.

De acordo com o cunhado de Alisson, Fábio Igor Soares, 32, a proprietária do mercadinho que foi assaltado em Umarizal disse o seguinte: “Esses meninos que estão aí no jornal morreram inocentes, porque não foram eles que assaltaram aqui, não. Quem roubou aqui foi um homem que estava a pé e não era nenhum desses dois”.

Fábio adiantou por telefone à GAZETA que foi a Umarizal para resgatar o carro das vítimas. “Nós estamos aqui para levar o carro dos meninos e aproveitamos para saber o que realmente aconteceu no dia da tragédia. Isso que a comerciante falou só vem confirmar o que nós já esperávamos”, ressaltou.

INQUÉRITO POLICIAL – A investigação para compor o inquérito policial sobre as mortes dos irmãos Alisson e Márcio Torquato será conduzida pelo delegado da comarca de Patu Getúlio de Medeiros. Em contato com a reportagem hoje por telefone, o delegado adiantou que está reunindo todos os detalhes referentes a este caso e que precisará ouvir algumas pessoas e analisar documentos para poder emitir algum parecer.

Getúlio de Medeiros disse que tudo o que teve acesso inicialmente foi de uma operação policial para capturar assaltantes que estavam agindo na região e que a dupla foi morta em um confronto com policiais após furar um bloqueio feito entre Umarizal e Lucrécia. O delegado acrescentou que foi informado que uma dupla havia sido baleada e socorrida pelos policiais, mas que os dois não resistiram e morreram ao dar entrada na unidade de saúde.

O delegado ressaltou também que foi informado pelos policiais que atuaram na operação que a dupla não portava qualquer documento e não tinham qualquer identificação. “O que tomei conhecimento é que uma dupla havia furado um cerco policial, foi perseguida e um dos integrantes portava um revólver calibre 38 e atirou contra os policiais, que revidaram, ferindo os suspeitos”, explicou.

Segundo Getúlio de Medeiros somente no dia seguinte ficou sabendo que as vítimas eram comerciantes de Mossoró. Quanto à informação de que os disparos que atingiram os irmãos foram efetuados à queima roupa, o delegado disse que ainda não teve acesso a qualquer documento oficial do Itep, mas que vai se empenhar para esclarecer todos os detalhes desta operação que resultou na morte de duas pessoas. “Fui designado para conduzir este inquérito e vou me empenhar ao máximo para que a verdade seja revelada”, frisou.
  

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